quinta-feira, 14 de julho de 2016

domingo, 3 de julho de 2016

transmitido

farei na noite de hoje
uma transfusão Wi-Fi
das memórias e afins
de tudo...sem backup
o passado assombra
o presente, incógnita,
o futuro é todinho meu
sonhos. não mais adeus

alex avena

terça-feira, 28 de junho de 2016

saibamos

na brevidade de dias
paralelos e realidades
estreitam laços de fato
despertando pra vida.
não há talvez, nem não.
sim é raro artigo de luxo

tudo que se tem é o frio.
será o além tão distante
onde não enxerga a visão?
seremos nós adormecidos,
esquecidos mas sabedores,
em vida, que os dias se v   ã        o       .

alex avena

sexta-feira, 17 de junho de 2016

telas por aí

toda arte arde
naturalmente
salta aos olhos
a riqueza da cor
dos verdes teus
meu tanto azul
e nisso vide bula
burle a paisagem
indo além da tela
toda essa beleza
toca a memória
ao vivo e a cores
que de tão real
os olhos veem
a pele sente...
de cór cada cor
tudo eternizado

alex avena

sábado, 4 de junho de 2016

quem somos - nós

sonhos foram feitos
pra gente dividir...
se dó nem piedade!
compartilhar sempre
com os sonhadores,
pois os pessimistas,
são terríveis algozes
da esperança, da paz
da sonhada liberdade.
em nossos cativeiros,
temor medo mudança,
que tortura terrível.
a falta de esperança
embala a porradas
o ninar dos incrédulos,
pois só quem sonha
poderá ver no amanhã
o ser humano sensível
a todas essas questões
que nos propõe a razão.
santa nossa experiência,
que de tanto esperançar,
virou pranto a sussurrar
no silêncio do gotejar
a síntese da totalidade
amor ódio guerra luta
utopia certeza ciência
rogai por todos nóses

alex avena

sexta-feira, 13 de maio de 2016

cains

vozes tumultuam
vociferam insultos
tempesteiam ódio
blasfemam rancor.
não há vez agora
volte, amor, amanhã
talvez nunca mais!
seres humanos sim,
não ouse questionar.
racionais que lutam
pelo direito de destruir
em paz o seu próximo.
efervescente platéia
unida e ávida a gritar
somos todos irmãos!
certo, querido Abel?

alex avena

terça-feira, 10 de maio de 2016

dor-mi

notívago sigo
noite a_dentro
a noite vago
vida lá, fora...
não conto dias
conto segundos
sacudo as ideias
elas despertam
...eu sonolento?!
são cinco e tal
...putz!! cadê?
voando em tudo
nada encontrei.
café preto forte
um cigarro e...
pqp! raiou o dia

alex avena

sexta-feira, 6 de maio de 2016

depôs

detiveram-no a tempo
escapava-lhe o amor
doses diárias de solidão
ele novamente de pé
prostrado ao desejo
que lhe impulsionava
rumo a outro abismo
detido não fôra mais
precipitou-se ao acaso
sem dele zombetear
encontrou os braços
suaves braços do amar
neles a vida voltara
em buquês de risos
para sempre...amém!

alex avena

segunda-feira, 2 de maio de 2016

a mentira

te amasiaste com o poder.
pode? "tudo tem seu preço".
ledo engano. vida é valor!
mas vida não é mais vida,
se viver é sina pro vendido.
vendeu-se que entregue-se!
leve consigo aquela cartilha
onde aprendeste teu be/a/bá.
um trôpego bufão a cantarolar
que privou-se da liberdade
para por ela lutar até o fim!
entregou-se ao escárnio
de suas próprias mentiras
sendo piada do próprio destino.

alex avena

sexta-feira, 29 de abril de 2016

à minha Paula

dentre tudo na vida
você é a mais linda.
dentre as canções
aquele que marca!
cores não te definem,
sabores menos ainda...
paisagens são vazias
se você não estiver lá.
preces são em teu nome!
sentença só em tuas leis!
que as ruas tenham teu nome,
sol e estrelas sejam você...
fora isso e mil coisas mais
o mundo não faria sentido,
a vida seria ínfima e vazia.
teu falar é quente, cobertor,
teu olhar destino e direção.
teus abraços são guarida...
teu amor por mim é tão eu.
teu amor é tudo ao infinito
você pra mim é muito além.

alex avena

quarta-feira, 27 de abril de 2016

eu e eu

reflito no espelho
velhas cicatrizes.
olham-me os olhos
tantas recordações
que me cobram 
em lágrima$ aquilo
que outrora vivi.
um presente vão
duma ávida vida
onde cada "gole"
cobra seu preço.
quisera eu agora
ser por instantes
invisível e, calado
em meu pensar,
reflita em minh'alma
o que deveras sou,
quem me habita e
depois - só - dormir.

alex avena


sábado, 23 de abril de 2016

ao meu amor

dito à vida histórias
de nós dois e um futuro
das nossas boas memórias
esse grande hiato obscuro

não nos culpem jamais
nem tirem conclusões
haverá de voltar atrás
quem tiver suas razões

qual foi o grande motivo
pra trocarmos toda paz?
seria a busca dum lenitivo
um sim, não...tanto faz

cara minha...amada querida
o futuro pertence a Deus
a nós pertence toda vida
meus sonhos e os seus

alex avena

quarta-feira, 13 de abril de 2016

vocês

as cores que pinto a vida
estão todas fora do tom
uma breve despedida
canção sem cor e som
chores tu na partida...
na chegada o frisson!

serei eu a te atordoar
propondo-te reticências?
desejo em ti despertar 
do coração à consciência
algo que lhe faça enxergar
muito além da aparência

formas e versos tortos
rima de rua versátil
tributo a vivos e mortos
que nessa vida volátil
aterrissaram em portos
de um saber portátil

o novo e o desconhecido
em quase nada se parecem
esperam ser reconhecidos
porque que ambos merecem
ter no que estão contidos 
o saber que todos carecem

alex avena

quinta-feira, 24 de março de 2016

trégua

nutramos
naturalmente
trâmites
rumo à paz
e ao amor
que por hora
no outro
se esfacela

alex avena

terça-feira, 22 de março de 2016

teorias

embora
sem motivos
desnudo 
luas e platéias
buscando
tê-los e só.
espetáculo
de absurdidades
ilusão
das coisas raras
cintilantes 
brilhos e brios.
emaranhado
de tanto isso
insolúvel
como dilemas
prófagos
náufragos de si.

alex avena

quinta-feira, 10 de março de 2016

alarme falso

parecer estranho
sentir entranhas
pagando pra ver.
nos atos de mim
sou tão caótico
que chega doer.
é como ser tolo
perante o ocaso
duma existência.
mas sou apenas
esses rumores
alarde rupturas
e ponto final...

alex avena

quarta-feira, 9 de março de 2016

me diga

vento norte ou sul?
aviso de despejo.
tudo é um golpe!
céu escuro ou azul?
amor sem desejo.
tudo é um golpe!
direita ou esquerda?
certo, aceito ou errado?
tudo é um golpe!
no ganho ou perda
qual será o teu lado
na hora do golpe?

alex avena

segunda-feira, 7 de março de 2016

ambígua

engaje a poesia
poetando nós,
desengasgue,
suba ao topo
e desapegue.
não a rapte
entre/linhas.
ela é escárnio!
aos olhos nus
desmascarem.
há dois braços.
várias formas.
abraçar-te-ei
às cegas só...
sorrateiramente.

alex avena

quinta-feira, 3 de março de 2016

Não mais, meu rapaz!

Amada bandeira de quatro cores,
Tantas estrelas e parte de mim.
Símbolo pátrio da pátria de dores
Agitas no mastro angústias sem fim.

Verde das matas, das folhas e flores.
Do Amarelo a riqueza tupiniquim.
Azul eu navego teu céu de amores
Na paz do teu Branco cravado em cetim.

Não sofras calada teus dissabores,
Que a dor não te custe nem mais um xelim.
Hoje te guiam os teus detratores

Daquela bandeira vermelha carmim,
De uma estrela só e tantos rumores...
Que aqui pro Brasil já mostrou ser ruim!

Alex Avena

terça-feira, 1 de março de 2016

eutuele

conVIVAmos
à vida por aí
entre santos
sós entre si
entre tantos
conVENHAmos
entrelaçando
SER e infinito
embriagando
paz e conflito
conTENTAmos

alex avena

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

joguete

barganham sonhos
como quem vence
sem se quer jogar...
momentos medonhos
para quem pense
ser a vida jogo de amar.

alex avena

domingo, 21 de fevereiro de 2016

que tal?

hoje eu poderia
fazer poesia
entrelaçada de nós.
porém faço festa
tudo que queria
nós dois a sós.

alex avena

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

flor

embaixo da escada
ela triste e solitária
a se proteger da chuva
dos espinhos do amor.

foi musa de poema meu
onde lhe podava o medo,
que só, as rosas têm...
fôra florida, ora se fôra!

alex avena

sábado, 6 de fevereiro de 2016

lus

pelos arredores da vida
andei eu desconfiado.
percebi constelações
de estrelas solitárias
com luz elétrica cortada
por falta de pagamento.
um breu total e sinistro,
um céu-caos cabuloso,
caminhando calçadas
desviando os olhares
vibrando estranhezas.
seus corpos estranhos
(entranhas enfadonhas)
transitam a coisa toda
do acaso e imensidão.
gato no medidor de luz
para anoitecer de novo
o lindo céu de outono.

alex avena

domingo, 31 de janeiro de 2016

náuseas

dá vontade de escrever com raiva!
escancarar verdades no ventilador
até que toda gente ao redor saiba
o que é vento o que é lá o que é dor.

dá vontade de peitar todo mundo!
desbancar o falatório da vaidade...
putinhas de um discurso imundo.
mente drenada! que genialidade.

opina suprime omite defeca e vai
levando na fala ou escrita o selo:
idiota graduado pelo Uiuiui Aiaiai!
verdades minhas... nuas em pêlo.

alex avena

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

atortoado

nada, nunca, sei lá
entre minhas cruzes
naufrago ancorado.
meu pensar preso,
redundante vai e vem,
livrou-se de todo resto
escravizou a si mesmo
em armadilhas noturnas.
cárceres de pura ilusão.
tudo, muda, sempre, talvez
nascerá o dia "de amanhã"
onde lá novamente estarei
em carne pele osso e alma.
epicuristas delirantes rindo
esquinas afora idiotizados,
eu aqui sofrendo a pensar.

alex avena